Reação entre elementos da Família 1A e água.

Os elementos da fámilia 1A da tabela periódica estão localizados na primeira coluna da tabela periódica conforme figura 1 e são conhecidos como metais alcálinos.


Figura 1. Tabela periódica adapitada de referência 1.

     Estes elementos possuem como característica sua distribuição eletrônica ser terminada e nscomo nos exemplos abaixo:
onde:
n = nível de energia;
s = orbital s

como em:

H: 1s1
Li: 1s22s1
Na: 1s2, 2s1, 2p63s1


     Ou seja, possuem 1 elétron no subnível "s" de seu nível "n" mais externo.
     Para chegar ao octeto (configuração do gás nobre) que lhe rende uma maior estabilidade o elementos da família 1A deve perder 1 elétron, que é justamente o elétron da sublinhado acima, ficando o elemento carregado positivamente conforme abaixo:

H+1so
Li+: 1s2
Na+: 1s2, 2s1, 2p

     Na reação de um metal alcalino como o Na (sódio) ocorre o seguinte processo:

Figura 2. Reação de Sódio e água.

     Em um primeiro momento ocorre a desprotonação da água (H2O) formando íon hidróxido (OH-) e um próton ( H+:hidrogênio carregado possitivamente), o segundo momento a hidróxila se liga com o sódio (Na+) formando o Hidróxido de sódio, e em um momento ocorre a formação do gás hidrogênio a partir do próton com hidrôgênio da água que recebem elétrons perdidos pelo sódio metálico.

     A formação do hidróxido de sódio libera muita enegia na forma de calor, e esse calor consegue dar ignição a reação de combustão do gás hidrogênio formado, fazendo com que ocorra explosões devido ao poder da combustão do gás hidrogênio, conforme podemos ver no vídeo abaixo:


Raios-X e sua produção

     O Raio-x é uma radiação eletromagnética com comprimento de onda muito pequeno, tipicamente da ordem de 0,6 nm, ou seja, é uma radiação muito energética. Visto que E=hυ, fazendo υ=c/λ temos então que E=hc/λ, ou seja, quanto menor o comprimento de onda da radiação, mais energético será o quanta dessa radiação.
onde:

λ = comprimento de onda;
υ = frequência;
h = constante de Planck;
E = Energia;
c = velocidade da luz

     Pelo fato da radiação ter um pequeno comprimento de onda, a sua identificação como onda tardou, pois um dos meios de se identificar é pelo fenômeno de interferência, e nesse caso os centros espalhadores necessários para promover a interferência deve ter distancias da ordem do comprimento de ligações químicas, sendo realizado o experimento a partir de estruturas cristalinas..
     Para entender como são formados os raios-X, podemos ver por exemplo a aparelhagem na figura 1, que ilustra a geração dos raios-X

 
Figura 1. Esquema de geração de raio-x.


     Na figura 1, temos uma ampola onde se fez vácuo, e dentro da mesma temos o cátodo (uma resistência aquecida) e o ânodo que é um metal (geralmente usa-se cobre ou molibdênio). 
Obs. Esse esquema é uma simplificação, no aparelho de DRX temos uma ampola dessa mas o principios é o mesmo.
     A produção de raio-x ocorre da seguinte forma, ao ser aplicado uma diferença de potencial da ordem de alguns KeV (Kilo elétrons volts) entre o ânodo (metal que pode ser cobre ou molibdênio por exemplo) e o cátodo (geralmente um filamento de Tungstênio aquecido), ocorre o desprendimento de elétrons do cátodo, e estes são acelerados e se chocam bruscamente com o ânodo. Como resultado do choque com o ânodo são gerados os raios-x, no qual seu espectro tem a aparência da figura 2.

Figura 2. Espectro de emissão de raio-x.


    Na figura 2, podemos notar uma radiação de fundo conhecida como radiação de frenagem de Bremsstrahlung, que é gerada quando um elétron acelerado sofre um desaceleramento com desvio na sua rota, resultando na emissão de radiação com diferentes comprimentos de onda, o esquema desse fenômeno pode ser observado na figura 3.

Figura 3. Geração de raios-x de Bremsstrahlung 

    Os picos contidos no espectro de raios-x, são conhecidos por radiação característica, pois são características do elemento que constitui o material do ânodo. Sua geração (ilustrada na figura 4) consiste no seguinte, inicialmente, o elétron acelerado é espalhado inelasticamente ao se chocar com um elétron da camada interna K, retirando-o e gerando uma lacuna. Na sequência um elétron da camada mais energética L ou M decai para a camada K emitindo radiação eletromagnética com energia igual a diferença entre os níveis inicial e final.
     Se o elétron decai de L para K teremos a emissão de radiação do tipo Kα, se decair de M para K o tipo Kβ (mais energética) é emitido.



Figura 4. Geração de raios-x característico.

Referências:
[1] Vídeo aula "Espectros de Raio X", Professor Jorge Sá Martins (https://www.youtube.com/watch?v=pOxZBPyE5cM )
[2] Eisberg, R.; Resnick, R.; Física Quântica, Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e Particulas, Editora Campos.

Criando um pendrive bootavel via cmd

      1. No menu iniciar, digite cmd, feito isso clique com o botão direito do mouse e escolha a opção "Executar como administrador".


     2 –  Na sequencias utilize os seguintes comandos listados:

     diskpart - Para executar o aplicativo de particionamento

     list disk - listar os discos (HDs e pendrivers)
  
     select disk X (onde X é o número do pen drive na lista, cuidado para não selecionar o numero referente ao seu HD)

     clean - Este comendo irá apagar todos os dados do Pen Drive. 

     create partition primary – tornar a partição primaria

     format fs=fat32 quick - para formatar o pen drive

     assign - para criar a letra da partição
     
     active - para tornar ativa

     exit – sair do diskpart

     exit – sair do prompt


Seus comandos apareceram seguindo o formato da figura abaixo:


O próximo passo é copiar todos os aquivos que estão dentro do CD de instalação, para o pendrive.

OBS. Lembre-se de configurar a BIOS do seu computador para dar o boot pelo pendrive.

Instalando o Gabedit

     O Gabedit [1] é um programa gratuito, que possui interface gráfica que possibilita a realização de inúmeras tarefas, que vão da construção de moléculas em 3D dimensões até a submissão de cálculos em diversos programas como:  Gamess, Gaussian, Molcas, Molpro, Mopac, MPQC, Orca, NWChem, FireFly, Q-Chem, Psicode. Os cálculos submetidos pela interface do Gabedit podem ser rodados na própria maquina em que ele esta instalado ou em uma maquina remota.


Figura 1. Interface do Gabedit.

     Em qualquer laboratório de química computacional, o programa Gabedit esta presente pois ele é o melhor programa gratuito que envolvem química computacional, pois além de gerar inputs específicos para os programas listados, submeter cálculos na própria interface, entre tantos usos, ele gera imagens para variados fins, e estas que se adequam a resolução exigida por diversas revista científicas [2].

Figura 2. Visualização de um cluster de uma MOF contendo 148 átomos otimizada com o programa MOPAC2012 (Nº de deposição: 730465) [3].

     Bem a instalação é um processo bastante simples:

1º - Conectado na internet, abra o terminal;

2º - Digite o seguinte comando:
      $ sudo apt-get install gabedit

3º - Será pedido sua senha, digite e espere o processo acabar.

     O Gabedit esta pronto para ser utilizado. Para abrir o programa, digite no terminal:

$ gabedit

    Após digitar, tecle "Enter" e esta pronto para uso. Bom trabalho.




Referencias

[1] A. B, Allouche., Journal of Computational Chemistry. 32 (2011) 174.
[2] N. M. Rodrigues.; E.S. Machado.; N.B. da Costa Jr.; R. O. Freire., Scientia Plena. 9 (2013) 077217-1
[3] D. Deng.; P. Liu.; W. Fu.; L. Li.; F. Yang.; B. Ji., Inorganica Chimica Acta., 363 (2010) 891

Instalando o Jmol

     O Jmol é um programa gratuito construido em JAVA, ele possibilita o desenho e visualização de moléculas em 3 dimensões, nele podemos gerar imagens em boa resolução.


 Figura 1. interface do Jmol com uma molécula de propan-1-ol.

     Para o funcionamento do Jmol, é preciso que seu Linux tenha o JAVA já instalado, o Linux Mint 15 ja vem com o JAVA instalado.
     Para que o Jmol seja instalado, é necessário que você esteja conectado a internet (se você esta lendo isso é por que já esta conectado). Para dar inicio a instalação digite a seguinte linha de comando no terminal:

$ sudo apt-get install jmol

     Aguarde o processo terminar e pronto, o Jmol já esta funcionando.


Instalando o programa ORCA 2.9.1 (32 bits)

     Este tutorial foi feito e testa no Linux Mint 15, onde o ORCA teve perfeita performance.
     Inicialmente é necessário a instalação do OPENMPI 1.4.5. que pode ser encontrado no endereço: http://coewww.rutgers.edu/www1/linuxclass2012/lessons/HPC_1/openmp_ins.php, encontramos o openmpi-1.4.5.tar.gz e o configure.sh, é necessário baixar os dois.
     Em seguida dê os seguintes comandos na pasta onde os dois arquivos estão:

$ tar -zxvf openmpi-1.4.5.tar.gz
$ cp configure.sh openmpi-1.4.5
$ cd openmpi-1.4.5
$ chmod 755 configure.sh
$ apt-get install g++ libc6-dev
$ ./configure.sh
$ make
$ make install

     Não se preocupe, este processo demora muito mesmo.
     Na sequencia adcione as seguintes linhas no arquivo .bashrc contido em USER para rodar o MPI (se não existir o arquivo .bashrc crie um).

$ cd
$ vi .bashrc

e adicione:

export PATH=/usr/local/openmpi/bin:$PATH
export LD_LIBRARY_PATH=/usr/local/openmpi/lib:$LD_LIBRARY_PATH

Salve as modificações do arquivo.

     Com a biblioteca OPENMPI instalada, podemos dar início a instalação do ORCA. Supomos que você ja tenha baixado o programa ORCA para 32bits.
     De preferência crie uma pasta em HOME com o nome PROGRAM, nela cole o arquivo orca_2_9_1_linux_i686.tbz. Na sequencia extraia os arquivos.

$ tar xf orca_2_9_1_linux_i686.tbz

     Feito isso, abra novamente o arquivo .bashrc e digites a seguinte linha nele:

alias orca='home/program/orca_2_9_1_linux_i686/orca'

     Salve o arquivo (contem o lugar onde você colou o seu orca) e dê o seguinte comando:

$ source .bashrc

    Feito isso o programa ORCA 2.9.1 (32 bits) esta pronto para ser utilizado.


Otimização de geometria com o MOPAC



        O MOPAC é um programa de química computacional pago, que fornece licença para acadêmicos, nele encontramos e utilizar diversos métodos semiempíricos como: AM1 (Austin Model 1) [1], PM3 (Paramétric Model 3) [2], PM6 (Parametric Model 6) [3] e RM1 (Recife Model 1) [4] entre outros.  
A versão mais recente é o MOPAC2012, e nele podemos entre muitas tarefas, realizar o cálculo da geometria de equilíbrio, que é dita a de menor energia [5].
Entrando no endereço: http://www.openmopac.net/, podemos fazer o download do programa, bem como solicitar uma licença para acadêmicos. Em posse do programa e da licença temos que seguir os seguintes passos:
             1º - Vá em, C:\Program Files e crie uma pasta chamada Mopac;
             2º - Na pasta Mopac cole o executável e a licença do progama;
             3º - Jogue a licença dentro do executável, após isso irá aparecer algumas perguntas, então confirme elas com “Yes” e tecle Enter;
             4º - Crie um atalho do executável para a área de trabalho.
                Pronto, você pode começar a utilizar o MOPAC2012. Na página openmopac.net, você encontra o manual com toda teoria envolvida e o modo de manejar o programa.
               
                Como um primeiro exemplo vamos realizar um cálculo bem simples, que é o da otimização de geometria para a água. Para isso, temos que construir um arquivo de entrada contendo as palavras chave (comandos) e a geometria da molécula, que pode ser em XYZ, matriz-Z ou coordenadas esféricas.
Neste exemplo iremos trazer a geometria em matriz-Z no padrão MOPAC (.zmt), construída no post: Construindo uma Matriz-Z padrão MOPAC, a diferença é que iremos agora por as palavras chaves que servem como comando para o MOPAC2012. Neste exemplo utilizaremos:

RM1: utiliza o método semiempírico Recife Model 1 na cálculo;
PRECISE: Precisão do cálculo aumenta em 100 vezes;
AUX: gera um arquivo que contem a geometria em cada passo;
GNORM=0.01: Gradiente de normalização igual a 0.01, o cálculo termina quando o gradiente for menor que 0.01.

O nosso arquivo (input) deve conter na primeira linha as palavras chaves, a segunda e a terceira devem ficar em branco ou se preferir pode por algum comentário como fizemos abaixo, nosso arquivo fica então:

Figura 1. Input em matriz-Z para o MOPAC.

Salve o arquivo com extensão .mop no TextPad ou bloco de notas, Ex: H2O.mop. Para dar inicio ao cálculo jogue o arquivo H2O.mop encima do atalho do MOPAC2012 que colocamos na área de trabalho.
Terminado o cálculo encontraremos na pasta onde foi salvo o arquivo H2O.mop e os arquivos:
H2O.arc: Possui algumas propriedades química, dimensão e a geometria otimizada;
H2O.aux: possui um arquivo que contem a geometria em cada passo;
H2O.out: possui todos os dados contidos no H2O.arc e mais outros dados como por exemplo o valor de gradiente em cada passo.

Abaixo encontramos o arquivo de saída (output) nomeado como H2O.arc.
  
Figura 2. Arquivo de saida (output) H2O.arc.

Como podemos ver o arquivo H2O.arc possui vários dados importantes, que foram obtidos em apenas 0,047 segundos de cálculo em um laptop com processador Intel Celeron Duo Core de 1.8 GHz.
Para uma molécula tão pequena poderíamos utilizar métodos mais precisos como o DFT [6], mais se nossa estrutura tivesse 500 átomos ou mais, o método semiempírico é o mais recomendado.




[1] M. J. S. Dewar.; Zoebish, E.G.; Healy, E.F.; J. J. P. Stewart., J. Am. Chem. Soc. 107 (1985) 3902.
[2] J. J. P. Stewart., J. Comp. Chem. 10 (1989) 209.
[3] J. J. P. Stewart., J. Mol. Model. 13 (2007) 1173.

[4] G. B. Rocha.; R. O. Freire.; A. M. Simas., Stewart, J.J.P. J Comp. Chem. 27 (2006) 1101.
[5] www.penmopac.net.
[6] E. K. U. Gross.; W. Kohn., Physical Review Letters. 55 (1985) 2850.